"Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento" (A.W. Tozer).
sexta-feira, março 05, 2010
domingo, janeiro 24, 2010
E lelê
E Lelê a cada dia vejo líderes da igreja que se denominam “evangélicas” cometendo e falando coisas das mais absurdas. Na TV tem pastor, ops, desculpe, “apostolo”, chorando que quer sua “igreja” de volta, quer seu prédio de volta, porque foi injustiçado por não ter legalizado sua situação perante a lei. E olha que ainda se justifica que ora no monte e tal. Tudo certo, tudo “bíblico”.
Em outro pastor presidente resolve jogar a Bíblia fora e com toda a sua fé ser devoto do Islã. Que venha o Alcorão. Apostatou legal. Quão fundamentado estava na Rocha esse líder? Será que irá trazer o “avivamento” a religião de Maomé? Quando existem lideres sérios que enxergam a necessidade de colocar esses obreiros para estudar e fundamentar a sua fé são taxados de frios e tradicionalistas. É tempo de rever esse governo gerontocratico, de separar filho de pastor, sobrinho, neto para o ministério mesmo sabendo que muitos destes estão aos sábados na igreja e aos domingos e até depois do culto em baladas e enchendo a cara de cachaça. Lobos em peles de ovelha, chavão? Será?
Por isso não vou determinar nada, não vou chamar nada a existência, vou continuar servindo ao Criador com temor, sabendo que sou pó, pó redimido pelo sangue de um Inocente que viveu por aqui, viu também várias barbaridades no templo e os repreendeu em amor. Quero continuar estudando os pais da Igreja, refutando o que é falso, o que não é, e tenta se passar como sendo, enganando até os escolhidos. Maranata.
domingo, janeiro 17, 2010
domingo, novembro 22, 2009
domingo, outubro 04, 2009
Minha pátria, meu tesouro!
Enquanto pastores, líderes, bispos e agora apóstolos oferecem uma vida fácil por aqui, onde apresentam Deus como bolsa financeira que resolve todos os problemas dos seus filhos problemáticos. Que interpretam as promessas aos Judeus como promessa a igreja. Eu salto de Júbilo em saber que Jesus me prometeu algo além do que posso imaginar ou pensar; me prometeu uma cidade santa, um lugar onde não a dolo. Lá sim ficarei livre das minhas preocupações, dos meus monstros internos. Como diz a canção: - Um dos tais, um dos tais, podes tu também dizer sou um dos tais.... Um lugar onde já tenho o título de cidadão e até já tenho cargo de embaixador. Teve gente que conseguiu dar uma olhadela, mas não conseguiu descrever o paraíso de Deus como ele é. João viu alguma coisa, Paulo nem conseguiu falar nada. Só sei que é a morada de Deus, onde o trono do Criador está e a sua direita está o Irmão Redentor. Estou louco, isto é esquizofrenia. Não, estou no meus mais perfeito Juízo.
Aos sensíveis ao Espirito de Deus.
domingo, setembro 13, 2009
Princípios
Já vi evangélicos maldizendo mendigos, pessoas pobres que pedem esmolas ou comida dizendo: - Nunca vi um justo mendigar, ou ainda, esse homem está plantando o que colheu. O julgamento é rápido e o deixar de praticar o bem instantâneo. O nosso papel não é o julgar e sim o de praticar o ensino de Jesus.
Venham vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venha e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam em sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar."
Então os bons perguntarão: "Senhor quando foi que o vimos com fome e lhe demos comida ou com sede e lhe demos água? Quando foi que o vimos o Senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa ou sem roupa e o vestimos? Quando foi que vimos o Senhor doente ou na cadeia e fomos visitá-lo?"
Aí o Rei responderá: " Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram." (Mateus 25: 34-40)
Infelizmente as igrejas estão lotadas de gente buscando o reino secular; o carro, a mansão, a "prosperidade" equivocada enquanto desprezamos os pequeninos; os pobres.
Leitura: O Futuro da Humanidade - Augusto Cury
sábado, setembro 12, 2009

Sérgio Pereira Tavares - pastor da Igreja Presbiteriana de Manhumirim
quinta-feira, setembro 03, 2009
Nota de Agradecimento
É com muita alegria que venho agradecer a Deus pela benção e a todos que intercederam pela saúde da minha avó, que mesmo com seus 83 anos conseguiu passar por mais uma intempérie. Infelizmente a amputação da perna direita foi a solução, uma solução difícil para ela e para a família. Não é nada fácil perder uma parte do corpo ainda mais na idade onde o corpo já está em fase de declínio. Mesmo assim sua recuperação pós-traumática está sendo surpreendente não precisou de STI e já vai receber alta do Hospital.
Aos amigos da família e aos parentes que deixaram suas atividades do cotidiano abrindo mão do descanso para ser acompanhante no hospital; aos amigos, pastores e missionários que oraram pedindo a Deus cada um da sua forma e levaram uma palavra de carinho e exortação a minha avó e a família com solidariedade com o sentimento de minorar o sofrimento. Aos membros da Cristã do Brasil que além de ajudar com a fé ajudaram financeiramente de forma espontânea para o custeio de transporte, medicamentos e materiais geriátricos. Ao Miro que doou a cadeira de banho. O meu muito obrigado. O apoio de todos vocês foi muito importante.
Aos amigos da família e aos parentes que deixaram suas atividades do cotidiano abrindo mão do descanso para ser acompanhante no hospital; aos amigos, pastores e missionários que oraram pedindo a Deus cada um da sua forma e levaram uma palavra de carinho e exortação a minha avó e a família com solidariedade com o sentimento de minorar o sofrimento. Aos membros da Cristã do Brasil que além de ajudar com a fé ajudaram financeiramente de forma espontânea para o custeio de transporte, medicamentos e materiais geriátricos. Ao Miro que doou a cadeira de banho. O meu muito obrigado. O apoio de todos vocês foi muito importante.
sábado, novembro 08, 2008
sexta-feira, junho 13, 2008
ASAS CORTADAS - Jorge Vercilo
Eu, pássaro perdido
Que avoou sem medo
Que avoou sem medo
Quando era menino
Sério, eu chego a me lembrar
e logo chega o mundo
Pra intimidar
Eles gritam e conseguem me assustar
Eu me sinto gaivota sobre o mar
Que afundou as asas nas manchas de óleo ao mergulhar
E agora não consegue mais voar
Um dia eu vou voar
Sei , sei tudo que posso
Mas vem essa lei
e impõe o ócio
quem tem um olho é rei
Se eu desafiar, incomodarei
Vez em quando bate um vento por aqui
Abro as minhas asas pra tentar subir
Mas com tanto tempo preso a essas grades, me esqueci
E agora tenho medo de cair
Tiê,
Venha das alturas me salvar
No maciço da Tijuca pousará
Onde as nuvens se debruçam
E eu não canso de esperar
Sua liberdade me libertará
Abra as suas asas
Vai sem medo, vai
Vai ganhar o céu
Quem provou da liberdade
não terminará
Preso às próprias grades
Um dia eu vou voar
Eu já vivi no ar
Vem me ver voar
Vem me ver voar
quinta-feira, junho 12, 2008
Legalista?
O termo legalista já é umas das palavras mais pronunciadas nas comunidades cristãs, sempre é dito: - “O João é legalista, Cicrano é legalista”. Mas então o que vem a ser um legalista? São pessoas governadas sumariamente por regras e leis, o que está automaticamente ligado à palavra fundamentalismo, que significa a observância rigorosa às crenças religiosas tradicionais.Um legalista não aceita mudanças e prefere ver a vida da maneira que ele julga correta não se importando com as diferenças, ou se adequam a ele ou está fora.Mas e o legalista ao reverso, aquele que pensa que somente ele tem um estilo de vida despojado, que só ele tem a “mente aberta” ou um estilo de vida alternativo, este nada mais é que um fundamentalista com alma de anarquista. Pelo fato de não aceitar ou compreender outras tribos, outras formas de vida. Ou de somente ele ter a razão para as verdades bíblicas.Discussões inúteis são travadas, cismas, igrejas tornam-se verdadeiros centros de debates de gerações e o evangelho torna-se apenas quatro livros de capa preta empoeirado. Ou seja, se penso que somente eu tenho a mente aberta, ou somente eu sou o “certinho” da comunidade. Tenho que tomar cuidado, pois em uma mente aberta toda espécie de lixo pode entrar e na vida de um certinho, qualquer escorregão torna-se em um escândalo irreparável. Por isso o cuidado que se deve ter com o equilíbrio é muito importante, o apostolo Paulo diz em uma de suas cartas que tudo é permitido mais nem tudo convém; tudo é permitido mas não me deixarei dominar por nenhuma delas. Ou seja os cristãos são chamados para serem livres, equilibrados no seu modo de viver, não acusadores, mais pessoas que se entendem e que se completam como um corpo uno. Triste é ver que o fundamentalismo, a falta de compreensão divide este corpo, do qual a mente deixa de ser a de Cristo para ser a perda em vãs filosofias.Os cristãos perdem a sua identidade primitiva; da união, da aceitação, do venha como está, para dar lugar a falsas motivações, como escreveu o pregador as ilusões que estão debaixo do sol.
quinta-feira, janeiro 24, 2008
Calma, vá devagar
...
Certa vez, Jesus chamou seus discípulos e os advertiu sobre o valor da vida. Suas palavras foram agudas: “Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?” – Lucas 9.25. Por anos, entendi este texto como uma advertência para que as pessoas não gastem seus dias tentando conquistar o mundo e, no fim, acabarem no inferno. Ultimamente, graças também a Nova Versão Internacional da Bíblia, passei a compreender a afirmação de Jesus, como uma advertência existencial. Para que se esfolar por ideais se, no processo, acabar como uma pessoa sem alma, isto é, sem afetos, solidariedade e humanidade?
O ativismo brota de dois vícios existenciais: onipotência e narcisismo. O ativista acredita que tem saúde de ferro, que é imprescindível, que foi eleito o preferido dos deuses, que faz tudo melhor do que qualquer pessoa. O ativista trabalha porque, geralmente, também se enxerga como o mais bem talhado para as grandes tarefas. Ele Imagina que se algum empreendimento tiver que dar certo, tem que ter a sua contribuição. Assim, se fosse um corredor, só revezaria consigo mesmo; o medo de perder a corrida não permite que confie em qualquer parceiro.
O narcisismo é diferente porque todas as pessoas possuem alguns elementos narcisistas. O problema do narcisismo é quando ele descamba e se torna depreciativo; quando encaramuja. Um belo exemplo desse narcisismo doentio pode vir do futebol. Sabe o jogador que não admite que exista alguém que tão bom quanto ele? Em minha infância era chamado de “fominha", pois não tem espírito de equipe, não passa a bola, quer resolver tudo sozinho e sempre prejudica o time; no dia em que se aposentar, será visto na arquibancada xingando os novatos que “só apresentam um futebol inferior”.
Somos curados da onipotência quando despertamos para a nossa mortalidade. Somos provisórios, efêmeros. Passamos rapidamente. Há pouco, constrangi-me quando vi um ancião entrando num avião, ajudado por três pessoas e arrastando os pés. Era o pastor de uma mega igreja que em tempos passados arrebatava multidões; agora mal se equilibrava para andar. Nossos dias se acabam ligeiros. Não adianta se afobar. Você não é dono da palmatória que corrige o mundo. Conta-se que os imperadores romanos colocavam escravos nas bigas dos generais romanos que triunfavam nas batalhas para repetirem uma só frase: “Memento mortale est” – lembra-te que és mortal; era o antídoto da arrogância.
Contemple os grandes ícones da história. Todos morreram e a vida continuou. Paulo, o apóstolo responsável pelo avanço do cristianismo, foi decapitado e depois dele vieram outros que levaram a tocha do evangelho. Martin Luther King foi assassinado e sua causa continuou a ser defendida com o mesmo ardor; a liberdade civil dos negros se concretizou mesmo sem ele.
Somos curados do narcisismo quando aprendemos a valorizar dons e potenciais alheios. Já lhe disse antes: você sempre encontrará pessoas mais bonitas, mais talentosas, mais ricas, mais espiritualizadas e, se for longevo, mais jovens do que você. E como é gostoso não precisar provar nada para ninguém! Busque a excelência, mas livre da necessidade de angariar simpatias, aplausos ou aceitação.
Diego, discipline-se para ler; aprenda a degustar a vida devagarinho. Fuja dos “fast-foods”; na mesa, gaste tempo conversando, ouvindo. Time is not money - o tempo é vida e vida é uma riqueza não renovável. Assim, combata a ansiedade e diga mais vezes: “deixa estar” – let it be. Não se enxergue como uma abelha que vive para a colméia; seja um amigo que sabe curtir os bons momentos.
Lembre-se, desta vida só levaremos boas memórias. Portanto, torne-se um alquimista que transforma cada experiência, evento ou alegria, num sacramento que você carregará no bolso da alma até a eternidade.
Ricardo Gondim
Certa vez, Jesus chamou seus discípulos e os advertiu sobre o valor da vida. Suas palavras foram agudas: “Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?” – Lucas 9.25. Por anos, entendi este texto como uma advertência para que as pessoas não gastem seus dias tentando conquistar o mundo e, no fim, acabarem no inferno. Ultimamente, graças também a Nova Versão Internacional da Bíblia, passei a compreender a afirmação de Jesus, como uma advertência existencial. Para que se esfolar por ideais se, no processo, acabar como uma pessoa sem alma, isto é, sem afetos, solidariedade e humanidade?
O ativismo brota de dois vícios existenciais: onipotência e narcisismo. O ativista acredita que tem saúde de ferro, que é imprescindível, que foi eleito o preferido dos deuses, que faz tudo melhor do que qualquer pessoa. O ativista trabalha porque, geralmente, também se enxerga como o mais bem talhado para as grandes tarefas. Ele Imagina que se algum empreendimento tiver que dar certo, tem que ter a sua contribuição. Assim, se fosse um corredor, só revezaria consigo mesmo; o medo de perder a corrida não permite que confie em qualquer parceiro.
O narcisismo é diferente porque todas as pessoas possuem alguns elementos narcisistas. O problema do narcisismo é quando ele descamba e se torna depreciativo; quando encaramuja. Um belo exemplo desse narcisismo doentio pode vir do futebol. Sabe o jogador que não admite que exista alguém que tão bom quanto ele? Em minha infância era chamado de “fominha", pois não tem espírito de equipe, não passa a bola, quer resolver tudo sozinho e sempre prejudica o time; no dia em que se aposentar, será visto na arquibancada xingando os novatos que “só apresentam um futebol inferior”.
Somos curados da onipotência quando despertamos para a nossa mortalidade. Somos provisórios, efêmeros. Passamos rapidamente. Há pouco, constrangi-me quando vi um ancião entrando num avião, ajudado por três pessoas e arrastando os pés. Era o pastor de uma mega igreja que em tempos passados arrebatava multidões; agora mal se equilibrava para andar. Nossos dias se acabam ligeiros. Não adianta se afobar. Você não é dono da palmatória que corrige o mundo. Conta-se que os imperadores romanos colocavam escravos nas bigas dos generais romanos que triunfavam nas batalhas para repetirem uma só frase: “Memento mortale est” – lembra-te que és mortal; era o antídoto da arrogância.
Contemple os grandes ícones da história. Todos morreram e a vida continuou. Paulo, o apóstolo responsável pelo avanço do cristianismo, foi decapitado e depois dele vieram outros que levaram a tocha do evangelho. Martin Luther King foi assassinado e sua causa continuou a ser defendida com o mesmo ardor; a liberdade civil dos negros se concretizou mesmo sem ele.
Somos curados do narcisismo quando aprendemos a valorizar dons e potenciais alheios. Já lhe disse antes: você sempre encontrará pessoas mais bonitas, mais talentosas, mais ricas, mais espiritualizadas e, se for longevo, mais jovens do que você. E como é gostoso não precisar provar nada para ninguém! Busque a excelência, mas livre da necessidade de angariar simpatias, aplausos ou aceitação.
Diego, discipline-se para ler; aprenda a degustar a vida devagarinho. Fuja dos “fast-foods”; na mesa, gaste tempo conversando, ouvindo. Time is not money - o tempo é vida e vida é uma riqueza não renovável. Assim, combata a ansiedade e diga mais vezes: “deixa estar” – let it be. Não se enxergue como uma abelha que vive para a colméia; seja um amigo que sabe curtir os bons momentos.
Lembre-se, desta vida só levaremos boas memórias. Portanto, torne-se um alquimista que transforma cada experiência, evento ou alegria, num sacramento que você carregará no bolso da alma até a eternidade.
Ricardo Gondim
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Possibilidades
#1
Deus não existe, então nada é importante. Isso é niilismo. Um mundo sem Deus é vazio de valores superiores, ou como disse Nietzsche, “faltam os fins, não há mais resposta para a questão: para que?”. Pensamento concorde com Dostoiévski: "Se Deus não existe e a alma é mortal, tudo é permitido". Deus é a base absoluta do juízo moral, a única plataforma verdadeira de responsabilidade infinita. Os céticos aos poucos se tornam cínicos. E logo se tornam loucos. Não é possível ao homem sobreviver no vazio.
#2
Deus existe, então nada é importante. Isso é fanatismo. Separar Deus de sua criação e jogar todas as fichas na transcendência, numa espiritualidade abstrata, implica abandonar a única possibilidade de encontro com o divino, a saber, a imanência, com que se pode interagir dada a transparência. A tentativa de experimentar Deus além da imanência é ilusória. Dar as costas ao mundo de Deus é desprezar o Deus do mundo. Não peço que os tires do mundo... Apenas os fanáticos se sentem bem na “espiritosfera”. E lá também enlouquecem.
#3
Deus não existe, então tudo é importante. Isso é materialismo. É dar valor último ao que é penúltimo. Chesterton tinha razão, quando deixamos de acreditar em Deus, acabamos crendo em qualquer bobagem. O que é esse “tudo” sem Deus, senão deus? Ainda não entendi (falha minha, é claro), a lógica que afirma que a descrença em Deus resulta em melhor humanidade. Se Deus não existe, tudo é efêmero. Então tudo é temporariamente importante. O que é temporariamente importante, não é importante em si, mas em sua função no tempo. Toda importância é relativa. Toda importância relativa é uma desimportância. Esta terceira possibilidade não me faz sentido. Entre esta e a primeira, fico com a aquela.
#4
Deus existe, então tudo é importante. Isso não sei o que é. Mas é a fé que me mobiliza.
(Ed René Kivitz)
Deus não existe, então nada é importante. Isso é niilismo. Um mundo sem Deus é vazio de valores superiores, ou como disse Nietzsche, “faltam os fins, não há mais resposta para a questão: para que?”. Pensamento concorde com Dostoiévski: "Se Deus não existe e a alma é mortal, tudo é permitido". Deus é a base absoluta do juízo moral, a única plataforma verdadeira de responsabilidade infinita. Os céticos aos poucos se tornam cínicos. E logo se tornam loucos. Não é possível ao homem sobreviver no vazio.
#2
Deus existe, então nada é importante. Isso é fanatismo. Separar Deus de sua criação e jogar todas as fichas na transcendência, numa espiritualidade abstrata, implica abandonar a única possibilidade de encontro com o divino, a saber, a imanência, com que se pode interagir dada a transparência. A tentativa de experimentar Deus além da imanência é ilusória. Dar as costas ao mundo de Deus é desprezar o Deus do mundo. Não peço que os tires do mundo... Apenas os fanáticos se sentem bem na “espiritosfera”. E lá também enlouquecem.
#3
Deus não existe, então tudo é importante. Isso é materialismo. É dar valor último ao que é penúltimo. Chesterton tinha razão, quando deixamos de acreditar em Deus, acabamos crendo em qualquer bobagem. O que é esse “tudo” sem Deus, senão deus? Ainda não entendi (falha minha, é claro), a lógica que afirma que a descrença em Deus resulta em melhor humanidade. Se Deus não existe, tudo é efêmero. Então tudo é temporariamente importante. O que é temporariamente importante, não é importante em si, mas em sua função no tempo. Toda importância é relativa. Toda importância relativa é uma desimportância. Esta terceira possibilidade não me faz sentido. Entre esta e a primeira, fico com a aquela.
#4
Deus existe, então tudo é importante. Isso não sei o que é. Mas é a fé que me mobiliza.
(Ed René Kivitz)
quinta-feira, janeiro 10, 2008
segunda-feira, dezembro 17, 2007
quinta-feira, setembro 06, 2007
Pessimismo religioso
Vamos parar de posar de triunfantes. Todo mundo é farsante, vaidoso, instável e interesseiro (eu também). As muitas falas não escondem que a alma está desajustada do espelho e os atos não conferem com as reais intenções.
Vamos parar de escrever sobre a nobreza. Coitada da sinceridade, vive pisoteada; pobre do bem, vive subindo ladeiras íngremes; triste da virtude, vive rouca.
Vamos parar de encenar perfeição; chega de cara de Amélia arrependida.
Ninguém se engane: existe vilania bruta, armações mefistofélicas, ambientes infames. São reais a molecagem das sacristias, a velhacaria das tesourarias, a sordidez dos gabinetes e a cafajestice do púlpito.
Vamos parar de bancar os impolutos da última hora. Os indignos conseguem sim, senhoras e senhores, fantasiar sua indiferença com as lantejoulas da ortodoxia; eles sabem socar a boca dos profetas.
Vamos parar de altruísmos. As estradas continuam pontilhadas de semimortos e são raríssimos os “Bons Samaritanos”. A teologia foi substituída pela egologia; todos miram o bico dos seus sapatos e os Campos de Refugiados da ONU continuam entulhando miseráveis.
Vamos parar de cretinice “gospel”; de bom mocismos evangelicais e de encenações santarronas. Batamos no peito e façamos um “mea culpa” discreto; choremos sentados sobre cinzas, pode ser que ainda reste esperança. Não sei.
Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim - fonte: www.ricardogondim.com.br
quinta-feira, agosto 23, 2007
segunda-feira, agosto 20, 2007
Legalistas?
O termo legalista já é umas das palavras mais pronunciadas nas comunidades cristãs, sempre é dito: - “O João é legalista, Cicrano é legalista”. Mas então o que vem a ser um legalista? São pessoas governadas sumariamente por regras e leis, o que está automaticamente ligado à palavra fundamentalismo, que significa a observância rigorosa às crenças religiosas tradicionais.
Um legalista não aceita mudanças e prefere ver a vida da maneira que ele julga correta não se importando com as diferenças, ou se adequam a ele ou está fora.
Mas e o legalista ao reverso, aquele que pensa que somente ele tem um estilo de vida despojado, que só ele tem a “mente aberta” ou um estilo de vida alternativo, este nada mais é que um fundamentalista com alma de anarquista. Pelo fato de não aceitar ou compreender outras tribos, outras formas de vida. Ou de só ele ter a razão para as verdades bíblicas.
Discussões inúteis são travadas, cismas, igrejas tornam-se verdadeiros centros de debates de gerações e o evangelho torna-se apenas quatro livros de capa preta empoeirado. Ou seja se penso que somente eu tenho a mente aberta, ou somente eu sou o “certinho” da comunidade.
Tenho que tomar cuidado, pois em uma mente aberta toda espécie de lixo pode entrar e na vida de um certinho, qualquer escorregão torna-se em um escândalo irreparável.
Por isso o cuidado que se deve ter com o equilíbrio é muito importante, o apostolo Paulo diz em uma de suas cartas que tudo é permitido mais nem tudo convém; tudo é permitido mas não me deixarei dominar por nenhuma delas. Ou seja os cristãos são chamados para serem livres, equilibrados no seu modo de viver, não acusadores, mais pessoas que se entendem e que se completam como um corpo uno. Triste é ver que o fundamentalismo, a falta de compreensão divide este corpo, do qual a mente deixa de ser a de Cristo para ser a perda em vãs filosofias.
Os cristãos perdem a sua identidade primitiva; da união, da aceitação, do venha como está, para dar lugar a falsas motivações, como escreveu o pregador as ilusões que estão debaixo do sol.
Um legalista não aceita mudanças e prefere ver a vida da maneira que ele julga correta não se importando com as diferenças, ou se adequam a ele ou está fora.
Mas e o legalista ao reverso, aquele que pensa que somente ele tem um estilo de vida despojado, que só ele tem a “mente aberta” ou um estilo de vida alternativo, este nada mais é que um fundamentalista com alma de anarquista. Pelo fato de não aceitar ou compreender outras tribos, outras formas de vida. Ou de só ele ter a razão para as verdades bíblicas.
Discussões inúteis são travadas, cismas, igrejas tornam-se verdadeiros centros de debates de gerações e o evangelho torna-se apenas quatro livros de capa preta empoeirado. Ou seja se penso que somente eu tenho a mente aberta, ou somente eu sou o “certinho” da comunidade.
Tenho que tomar cuidado, pois em uma mente aberta toda espécie de lixo pode entrar e na vida de um certinho, qualquer escorregão torna-se em um escândalo irreparável.
Por isso o cuidado que se deve ter com o equilíbrio é muito importante, o apostolo Paulo diz em uma de suas cartas que tudo é permitido mais nem tudo convém; tudo é permitido mas não me deixarei dominar por nenhuma delas. Ou seja os cristãos são chamados para serem livres, equilibrados no seu modo de viver, não acusadores, mais pessoas que se entendem e que se completam como um corpo uno. Triste é ver que o fundamentalismo, a falta de compreensão divide este corpo, do qual a mente deixa de ser a de Cristo para ser a perda em vãs filosofias.
Os cristãos perdem a sua identidade primitiva; da união, da aceitação, do venha como está, para dar lugar a falsas motivações, como escreveu o pregador as ilusões que estão debaixo do sol.
Sávio Rocha
segunda-feira, julho 23, 2007
Ninguem sabe como o outro é ate ter andando um quilômetro com seus sapatos

Folheando a Bíblia da Mulher encontrei um comentário com uma frase interessante e realista.
"Ninguem sabe como o outro é ate ter andando um quilômetro com seus sapatos."
Isso me fez refletir bastante, ninguem sabe a dor que o outro está sentindo; como acaba sendo egoista e pragmatica a relação interpessoal.
Existe população mais voltada a sí (ego) do que ao outro. O "sê vira!" é a resposta para muitos pedidos desesperados. A preocupação com um amigo ou até conjuge é muito superficial na maioria das vezes. O homem está carente de ouvidos e de conselhos sábios.
Pode-se ter uma pessoa proxima a um abismo e nada é feito para socorrer, o que se faz é julgar, "apontar o dedo", ter pré-conceitos. O amor ao proximo não é aquele amor incondicional que não requer troca, mais é um amor por interesse, onde um dia aquilo será cobrado e com correções.
Então antes de falar mal, antes de julgar, antes de condenar; procure saber o que aquela pessoa sente, procure andar um quilometro com os sapatos dela, procure saber onde o "calo aperta", dar tapinhas nas costas é inútil quem sabe é necessário carregar a sua cruz por alguns instantes. Depois sim, critique!
"Ninguem sabe como o outro é ate ter andando um quilômetro com seus sapatos."
Isso me fez refletir bastante, ninguem sabe a dor que o outro está sentindo; como acaba sendo egoista e pragmatica a relação interpessoal.
Existe população mais voltada a sí (ego) do que ao outro. O "sê vira!" é a resposta para muitos pedidos desesperados. A preocupação com um amigo ou até conjuge é muito superficial na maioria das vezes. O homem está carente de ouvidos e de conselhos sábios.
Pode-se ter uma pessoa proxima a um abismo e nada é feito para socorrer, o que se faz é julgar, "apontar o dedo", ter pré-conceitos. O amor ao proximo não é aquele amor incondicional que não requer troca, mais é um amor por interesse, onde um dia aquilo será cobrado e com correções.
Então antes de falar mal, antes de julgar, antes de condenar; procure saber o que aquela pessoa sente, procure andar um quilometro com os sapatos dela, procure saber onde o "calo aperta", dar tapinhas nas costas é inútil quem sabe é necessário carregar a sua cruz por alguns instantes. Depois sim, critique!
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